quarta-feira, 9 de outubro de 2013

GENERAL ANTONIO ERNESTO GOMES CARNEIRO- BIOGRAFIA

General Antônio Ernesto Gomes Carneiro

Por Dorothy A. Gomes Carneiro

            Em 30 de outubro de 1893, o Coronel Antônio Gomes Carneiro, então no “Comando do litoral do Rio de Janeiro”, é convocado ao gabinete do Presidente da República-Marechal Floriano Peixoto-Que de imediato, ao recebe-lo, lhe diz:
-“Carneiro, não me negue este serviço”.
General Carneiro, o grande herói da resistência da Lapa.
E, depois de algum tempo de entendimentos, determina, com novo aperto de mãos:
-“A ordem é, não deixá-los passar”.
            Antes de 48 horas da realização desse encontro, depois de vãos apelos ao Ministro da Guerra e ao Ajudante General para obter reforços, Carneiro despede-se da família e segue para São Paulo, onde faz contatos com o Presidente da Província e outros, que ali preparam, a Resistencia aos farroupilhas.
Aperto de mão entre Marechal Floriano Peixoto e Antonio E. G. Carneiro
            Em seguida, parte cavalgando sempre, trocndo de montaria em diferentes postos, chega sozinho à Lapa, percorrendo 71 léguas (mais ou menos 521km) em 6 dias. Seus únicos conpanheiros o Oficial da Guarda Nacional Justo Cavalcanti e o Alferes Gustavo Lebon Regis, ambos bem mais jovens que Carneiro, só chegaram à Lapa 2 dias depois.
Antônio E. G. Carneiro com seu pai Marciano E. G. Carneiro
            Antônio Ernesto Gomes Carneiro nasceu em Serro, Minas Gerais, em 18 de novembro de 1846. O pai de Carneiro, senhor Marciano Ernesto Gomes Carneiro, nasceu em Portugal, era Boticário (farmecêutico prático). A mãe, senhora Maria Adelaide Gomes Carneiro, mulher firme, católica exemplar, sonhava ter um filho padre.
            -“BAM...BALALÃO...SENHOR CAPITÃO...” – cantava Antoninho, aos 5 anos, e afirmava: “Vou ser soldado! Vou ser um guerreiro valente! Atacar!”.
            A vida seguia seu curso, ainda criança, Antoninho vai para Diamantina estudar, e, enquanto estudava, seu pai reúne recursos para mandá-lo ao “Preparatório”, no Colégio São Bento, Rio de Janeiro. Em meados do ano 1860, sem ter completado 14 anos ainda, Antônio ingressaria no Curso de Farmácia.
            Vai, então, morar numa pensão, onde tem como companheiros, Teixeira Soares, cujo nome está ligado à Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, e Manoel Pedro Santos Lima, mais tarde destacado político paranaense.
            E, lá estava o jovem Carneiro, “O herói da Revolução Federalista”, inconsciente dos papéis que o destino lhe reservava, aos 14 anos, envolvido em seus estudos e pílulas medicamentosas.
            Mas, é impossível falar de Carneiro sem lembrar de seu ideal de gurreiro, e, sem lembrar, ainda que em rápida pincelada, oque fora a “Revolução Federalista” – movimento em que revoltosos pretenderam a implantação de uma “Nova Ordem” pela mudança do “Regime Político”.
            Em 1889, havia sido proclamada a República, e, em 1891, o Marechal Floriano Peixoto foi eleito Presidente da República e assumiu o cargo em um momento social,política e economicamente muito difícil para o País.
Tropa Federalista "os Maragatos"
            Os Revolucionários Federalistas – “os Maragatos”[1], eram contrários à Proclamação da República no Brasil. Juntaram-se então aos Parlamentaristas Anarquistas e Caudilhos uruguaios, tendo como chefe e líder inconteste, Gumercindo Saraiva, um caudilho uruguaio. Os oponentes aos Maragatos eram vistos como “Pica-paus”, pois a cobertura militar do Exército Brasileiro lembrava o topete dessa ave.
Carneiro com o Estado Maior das tropas regulares e de patriotas, que, com bravura, defenderam a cidade da Lapa.
            Em 1898, os Federalistas, chefiados por Gumercindo Saraiva, invadem o Rio Grande do Sul, dominam Santa Catarina e chegam ao Paraná, onde assumem o controle de Curitiba e Paranaguá.
Carneiro e um punhado de bravos na Lapa, sustentam a praça com denodado valor, dando a Floriano o tempo necessário para fortalecer-se, organizar-se e por fim, desbalatar a Revolução Federalista.
            Esquecendo as tragédias de uma luta fratricida, será sempre preciso lembrar que a “Resistência da Lapa”, é , o maior feito de Resistência Militar na história do Brasil. E mais, foi a contribuição decisiva, não só para a Consolidação da República, como também para a Conservação da Integridade do Brasil como Nação.
            E a quem se deve tão brilhantes resultados?
            Deve-se a uns poucos soldados e a um punhado de homens despreparados para a guerra, e também, a um bravo e valoroso comandante, capaz de se tornar inspiração para seus comandados e de sustentar o ânimo da população sitiada, pela coragem e determinação de que era dotado.
            O que fez que Floriano ao receber a notícia da capitulação daquele bastião, exclamasse: “A Lapa caiu?! Então o carneiro morreu!
            Outros lembrarão a morte dos amigos.
                        Tragédias familiares!
                                   A incapacidade deperdoar...
                                               Recordarão a fome, a sede, o medo, a falta de medicamentos, o horror da violência.
            Mas o fato real único – da Consolidação e da Conservção da Integridade do País como Nação – não pode ser esquecido!
            Como também para sempre deve ser lembrado de que é a este Estado, ao Paraná, que se deve, em grande parte a glória dessa realização.



            Esqueçamos, por algum tempo os horrores da luta e voltemos à históriado jovem Carneiro e de sua vida de estudante bruscamente interrompida em 1865 pelo seu alistamento como um dos primeiros Voluntários da Pátria, para lutar na Guerra do Paraguai. Foi de imediato incorporado e seguiu, logo depois, sob o comando de João Manoel Mena Barreto, para a frente de guerra.
            De imediato, Carneiro galgou os postos de anspensada, ainda a bordo, depois furrel, segundo e primeiro sargento, sempre por seu valor e coragem.
            Após o Combate de Estero Bellaco, onde se destacara mais uma vez, e foi gravemente ferido, ainda no hospital recebeu o posto de Alferes.
            Muitas vezes citado por Caxias e pelo Conde D’Eu em boletim, recebeu em julho de 1869, com os galões de Tenente, a missão de flanquear o desfiladeiro de Sapucay e assaltar Peribebuy.
            Citando Calmon (1933): “Quando Carneiro, exausto, embainha a espada e julga morrer, do sofrimento que lhe causa a contusão, não havia mais paraguaios na praça.”
            E o Tenente Gomes Carneiro vingara a morte de seu chefe o Ilustre General Mena Barreto a quem vira morrer no combate.
            Hospitalizado por 3 meses, Carneiro volta em seguida ao campo de batalha. A guerra fizera do jovem aprendiz de farmácia um homem resoluto que se apresentou em seu posto assim assim que saiu da enfermaria.
            Finda a guerra, Carneiro se fortaleceu em novas missões. Na Escola de Tiros de Campo Grande, em 1876, sob o comando de Antônio Tibúrcio Ferreira de Souza, foi o primeiro aluno da turma e recebeu uma espada com empunhadura de marfim, doada por seus colegas. Honrou essa dádiva e dela nunca se separou.
            Tibúrcio, ao citar Carneiro, escreveu: “Não tenho encontrado  durante quase 27 anos de serviço um soldado mais completo, nem oficial mais nobre que o Capitão Gomes Carneiro.” Prova da admiração de Tibúrcio a Carneiro, deu-lhe a mão da filha, Margarida Octávia, em Porto Alegre, no ano de 1879.
General Tibúrcio
Passaram-se os anos, e em 1885, após a morte do valoroso General Tibúrcio, aos 48 anos de idade. Carneiro e família, que acompanhavam os últimos dias do General Cearense, retornaram de Fortaleza.
            Prepara-se o desenrolar de uma tragédia, ao atracar no Rio de Janeiro do Paquete Manaos, onde viajava a família de Carneiro, desprende-se a corrente do leme e atinge uma criança que brincava no tombadilho, esmagando-lhe as duas pernas logo abaixo dos joelhos. O grito lanciante de dor do pequeno Mário Tibúrcio, de apenas 3 anos, leva horror a todos no navio, mas ninguém corre tão desesperrado como Carneiro. Sustenta-lhe o filho nos braços, seu amigo Capitão Pego Júnior. Providencia-se um escaler e marujos levam o menino ensanguentado para o porto e em seguida para a Santa-Casa.
            À cidade já chegara a notícia. Todos estavam consternados com o sofrimento daquela criança, filho e neto de heróis da Guerra do Paragay. Carneiro é recebido com a maior atenção pelos melhores médicos da Corte e os melhores cirurgiões se empenham no atendimento a Mário.
            No dia seguinte, quando Carneiro prestava guarda ao lado do leito do filho, tendo junto de si a esposa Margarida em prantos, eis que entra no quarto a figura imponente de todos conhecida – Dom Pedro II.
            Fora ele quem dera ordens para um atendimento especial à criança. Carneiro se comove intensamente, quando o Imperador ao despedir-se, depois de confortar o menino e a mãe, afirma à Carneiro: “Encomendarei da Europa os aparelhos para que Mário possa voltar a andar. Faço questão de ser o responsável popr todo o tratamento.” E, apertando as mãos de Carneiro e de Margarida Octávia, retira-se. Reforçando as ordens para o melhor e mais cuidadoso atendimento à criança.
            Emoção e gratidão, por Carneiro nunca esquecidas, levaram às lágrimas o herói de tantas batalhas.
            E foi por tais motivos que quando das ações que levariam ao fim do Império, Carneiro, que por sua integridade de caráter, não poderia esquecer o que o Imperador fizera por seu filho, afastou-se da capital e assumiu o posto de Chefe de Construção de Linhas de Telégrafo de Cuiabá ao Araguaya, que ideara.
            Já em sua nova missão, vindo ao Rio nos primeiros dias da República, Carneiro encontrou-se no Ministério da Guerra, com o Tenente Cândido Mariano da Silva Rondon, a quem procurou convencer a abandonar a Cátedra Militar que assumiria para acompanhá-lo em sua missão de desbravamento do sertão.
Cândido Mariano da Silva Rondon
            Rondon pediu 24 horas para pensar. E, no dia seguinte, partiu, juntamente com Carneiro, ao encontro do seu destino. E, no sertão permaneceu o grande sertanista a maior parte de sua vida.
            Por ocasião das comemorações do centenário de nascimento de Gomes Carneiro, Rondon já idoso, enviou para ser lido, um documento narrando a trajetória gloriosa que juntos empreenderam.
Citando: “ Foste tu Carneiro o Engenheiro Militar que primeiro construiu no sertão habitado por índios ainda hostis, uma linha telegráfica de campanha. E a levaste ao cabo em 13 meses, através de um sertão de 600 quilômetros de extensão e do divisor meridional das duas maiores bacias hidrográficas do Brasil. Comprovaste nessa campanha as raras aptidões militares que trouxeste do campo de batalha e as edificantes qualidades práticas ali demonstradas, na coragem, prudência e firmeza que te houveste no cumprimento do dever até o fim da áspera jornada sustentada a todo custo pelo teu inflexível caráter.”[2]
Voltemos à Lapa...
            Assim que chega, Carneiro escreve à esposa: “Margarida, aqui me encontro desde 25 cedo e só a 27 à tarde me foi entregue o comando.” E, referindo-se às condições em que se encontra, escreve: “Argolo[3] levou munições, oficiais e praças.”
            A luta prosseguia noaParaná com as sucessivas vitórias de Gumercindo Saraiva, Curitiba caíra, o Governo do Estado fora trasferido para Castro. Só restava um bloco de resistência aos Maragatos, a Lapa!
            A Desproporção numérica entre os sitiantes, bem como as condições de combate das forças de resistência eramgritantes. Contra os 3 mil de Gumercindo Sariva, Carneiro não contava mais do que com 750 combatentes.
            Quem assinala a diferença é o historiador Calmon (1933): “...começavam por não ter fardamentos, o chapéu era o dos tropeiros...As botas de viagem...pastores e ervateiros...mais tarde, num milagre de boa vontade moveram-se, destramente ao toque de clarim.” E continua o autor: “...a gauchada escanchada nos potros uruguaios, sobre uma sela embrulhada de lã de ovelha, entalava no cinturão a navalha castelhana ou o cutelo largo e sólido da degola.”
            E foram esses simples guerreiros, chefiados por Carneiro, homens que nem sequer conheciam os toques de clarim, que sob o comando de seus heroicos chefes, garantiram a sobrevivência da República, a integridade do País e escreveram a mais bela página de resistência em nossa história.
            Não resistindo a sua alma de guerreiro, durante o sítio, Carneiro faz ainda algumas incursões sobre o inimigo e o combate do Rio da Várzea é narrado entusiasticamente por Jobim (1952).
            Mas, Carneiro continuava a receber reiterados telegramas de Floriano repetindo a ordem: “Não combater. Resistir. Resistir.”
            Em 15 de janeiro, sabendo que estava completado o cerco, o Comandante resolveu ensistir com as famílias para que partissem em um último trem que seguiria rumo a Curitiba. As lapeanas se reuniram e mostraram sua fibra, enviando sua resposta: “Iriam sim, se pudessem levar consigo irmãos, noivos, maridos e filhos que estavam entre os combatentes.” Carneiros argumentou que isso seria impossivel. A resposta não tardou: “Então, corremos com eles os mesmos riscos.”
Joaquim Lacerda e sua esposa Madalena de Lacerda em 1893
            A glória da resistência não caberia somente a homens, as mulheres paranaenses também ali fariam sua parte. Entre elas posso citar com segurança, D. Madalena, esposa de Lacerda, D. Josefina, esposa de João Candido, e, Maria da Conceição, então com apenas 15 anos, cuja casa foi hospitalde Sangue.
            E, assim estava a Lapa quando em 24 de janeiro, movido pela corajosa resistência dos habitantes sitiados, Caneiro fez afixar sua carta:




            “Aos Habitantes da Lapa.
Desde o dia 16 do corrente, que sofreis os ataques dos inimigos da República, aos quais tendes sabido resistir com patriotismo e valor que ficarão gravados em nossa história, como belo exemplo para vossos filhos.
Congratulo-me convosco, pelos triunfos que alcançastes, peço-vos uns dias mais de constância e resignação em bem dos vossos próprios interesses e da República que estará muito brevemente vencedora por toda parte e em paz.

                        Viva a República
                                   Viva a Legalidade
                                               Viva o Povo Lapeano.



                                   Lapa, 24 de janeiro de 1894.



Coronel Antônio Ernesto Gomes Carneiro
Comandante de Divisão”





Coronel Antônio E. Gomes Carneiro
            Nesse período, a todo momento, Carneiro vigiava intensamente as estradas e caminhos dos arredores. Estava seguro de que Floriano não lhe faltaria. Às vezes percebia uma nuvem de pó à distância e afirmava esperançoso: “É o Frei Caneca! É a Força de Linha prometida por Floriano!”
            O batalhão nunca chegou!
            Floriano faltou ao encontro marcado!


O Triste Mês Sangrento
06/02/1891
            Batalha Final

            A violencia è aterradora.
            A Lapa padece de fome, sede, medo, falta de munição e de medicamentos.
            O desespero se acerca de homens e mulheres que ainda resistem.
            Os maragatos chegam à rua da Boa Vista e caçam a tiros os lapeanos.
            Há cadáveres expostos por toda parte.

            O combate é decisivo.

Casas atingidas pelo Canhoneiro, Cerco da Lapa, em 1894.
            Carneiro recebe a notícia de que Lebon não podia mais resistir.
            Deixa Dulcídio na Matriz e segue rápido na direção da farmácia Westphalen.
            Percebe a situação e ordena:
            -“Façam uma barricada em defesa do beco.
            Tenente Henrique, mande fazer pontaria! Firme!”
            A ordem não pode ser cumprida o Tenente recebe um balaço no peito.
            Carneiro corre a atende-lo.
            Fica a descoberto, ao alcance da pontaria inimiga.
            É ferido e ainda prende entre os braços o jovem que morria.

            O Tenente Sisson se aproxima e assume o canhão.
                        Gomes Carneiro ainda grita seu último comando;
Casa e Trincheira, Cerco da Lapa, em 1894.
                                   -“Fogo! Muito bem! Fogo!”
            Lacerda surge com uma coluna de voluntários. Ao fixar Carneiro percebe que ele já não tem mais forças. Está gravemente ferido. Abraça-o e leva-o juntamente com Emílio Blum para a casa de Pedro Fortunato.
            Avisado, João Candido deixa o hospital de sangue e corre de imediato.
            Ao ser examinado Carneiro, serenamente, fixa os olhos no médico e lhe diz: “Qualquer que seja a gravidade do ferimento, diga que é leve.”
            Mas, o médico percebe que a bala atravessa o corpo de Carneiro e lhe rasgara o fígado e o estômago.
            A luta continua.
            Sisson acerta uma granada na casa de Francisco de Paula. A casa Explode.
            Como que aturdida, a facção inimiga que se espalhava pela Rua das Tropas.
            Recua.
            A gente da Lapa, a arma branca, ataca o inimigo.
            Lacerda está à frente.
            Amintas é ferido.
            A sua tropa vinga-se, abatendo o inimigo a golpes de baionetas.
            O combate se trava palmo a palmo e já se contam às centenas os feridos.
            A Rua das Tropas fora recuperada.
            O contra-ataque fizera o inimigo perder posições mantidas a 15 dias.

            Fim de um Herói.

"A Morte de Carneiro" - Quadro de Theodoro De Bona.
            Carneiro agonizante, em delírio, fita o olhar no Crucifixo e em João Cândido. O médico entende, apanha o Cristo e segura-o nas mãos do moribundo. Carneiro beija-o, diz mais algumas palavras e adormece para sempre.
            Na calada da noite, o corpo de Gomes Carneiro, o Comandante amado e chorado por seus comandados é velado na Matriz. O corpo é envolvido em uma bandeira do 17° Batalhão de Infantaria, como ´´ultima homenagem, e assim, é sepultado com honras, no solo da Sacristia da Igreja Matriz, ao lado de Dulcídio que felecera na véspera.
            Do alto dos morros a artilharia inimiga fazia atroar com fúria os seus canhões. Como que por coincidência prestavam honra fúnebre ao grande herói da Resistência.
O corpo do General Carneiro é levado à Igreja Matriz da Lapa em 09/02/1894.
            Mas os heróis que a defenderam com suas vidas, juntamente a Gomes Carneiro, lá estão, no “Panteão da Glória.
            Termino com as palavras do Ministro Mário Tibúrcio Gomes Carneiro:
            -“...permita Deus que o solo desta terra nunca mais estremeça ao tropel das lutas fratricidas, e se, (meu pai) o exemplo de tua firmeza, de tua abnegação, da tua bravura, da tua dignidade militar houver de ser invocado que seja para salvar e defender o Brasil.”
            Peço agora:
            -“ Que nos braços de Deus repousem todos aqueles heróis e que o Senhor os tenha com o mesmo amor que nós lhes dedicamos ao relembrar os seus feitos e sua nobre e inesquecível história.”

“Requiem aeterna Donna eis Domine          “Conceder-lhes o descanso eterno, ó Senhor
Et lux perpetua luce at eis.                           E que a luz perpétua, mas a luz deles.

Pie Jesu Domine                                            Jesus Misericordioso
Donna eis Requiem.”                                    Conceder-lhes descansar."



[1] Apelido que lhes foi dado na província de São José do Uruguai, onde se realizaram suas primeiras reuniões.
[2] Publicação do Ministério da Guerra em 1946.
[3] General a quem Carneiro deveria substituir.

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